Quais são as melhores propostas para futuro do mercado de trabalho?
O último ano foi um período de mudanças e adaptações. É certo que, em 2022 o espírito de transformação continuará permeando as empresas, começando pelo coração, o setor de Recursos Humanos. Por isso, gestor, você está por dentro das tendências de mercado? O primeiro Webinar de 2022, com a Participação da Frísia e da Hexion Química do Brasil, abordou sobre esse tema. Uma das principais tendências é o trabalho híbrido e softwares de gestão. O que você precisa saber sobre isso?
Trabalho híbrido: um modelo que veio para ficar
Havia no Brasil imensa resistência quanto a essa modalidade de trabalho, se era possível manter qualidade a distância. E a pandemia trouxe uma resposta muito positiva, desmistificando o home office.
O trabalho híbrido é a modalidade entre o trabalho a distância e o presencial. Nele, o profissional pode alternar em quais dias trabalhar em home office e na sede. Hoje, tramita no senado o projeto de lei PL 4.098/2021, que visa regulamentar o trabalho híbrido no Brasil.
Segundo Rafael Silva, gestor de RH da Hexion Química Brasil, quando falamos sobre gestão do trabalho híbrido, há muitos fatores que devem ser analisados com atenção, começando pela empresa: minha equipe tem a tecnologia necessária para efetuar o trabalho à distância? Vou conseguir entregar a mesma performance?
Como implementar o trabalho híbrido?
Vale ressaltar que posteriormente haverá um direcionamento, tanto do PL 4.098/2021 como também de sindicatos, para questões jurídicas com relação à gestão de horas e jornada de trabalho. O projeto de lei determina que a modalidade de jornada deverá constar expressamente no contrato de trabalho. Além disso, o empregador deverá manter um controle de horas trabalhadas e do tempo de repouso quando o empregado estiver fora das dependências da empresa. Para auxiliar nesse controle, existem softwares de controle de ponto que inclusive usam inteligência artificial e delimitação geográfica, como o pontofopag.
Outro ponto relevante é a ergonomia, que à primeira vista não pareceu um ponto tão crucial, contudo não pode ser esquecido quando falamos de trabalho híbrido. O trabalhador precisa ter uma estrutura adequada para produzir em home office, como por exemplo um notebook, apoio de mão ou de pé, teclado extra ou uma cadeira ergonômica. Esse cuidado antecipado evitará possíveis lesões ou acidentes de trabalho que a empresa precisará arcar no futuro.
Estabelecer as regras: os espaços na empresa serão em modelo compartilhado? A empresa promoverá ajuda de custo aos profissionais, como um auxílio financeiro para custeamento de internet? Qual é a localização do trabalhador? E, não menos importante, uma boa revisão dos benefícios como vale-alimentação e outros. “A proposta de trabalho híbrido é interessante, mas é necessário rever essas questões legais na prática para ver se esse modelo funciona na realidade de cada empresa.” finaliza Rafael.
Tatiana Tigges, representante da Frísia com mais de 20 anos de experiência no RH, comentou que em empresas como as indústrias, o modelo híbrido fica restrito a alguns setores, como os de administração, RH e tecnologia. Uma curiosidade é que esse modelo funcionou muito bem no Brasil, muitas empresas que oferecem essa modalidade para os profissionais puderam fazer uma realocação de recursos financeiros com foco nos objetivos estratégicos. Contudo, o trabalho híbrido requer muita atenção e análise de variáveis e contextos.
Cultura Organizacional
A cultura organizacional é o código de conduta da instituição, ou seja, suas filosofias, valores e regras. Ela determina como os colaboradores, líderes e gestores pensam e agem. Assim, direciona cada ação tomada dentro da empresa e isso é refletido para o público externo. Ele é como o “DNA” da empresa, o que une todos em um propósito em comum.
Seja no modelo presencial, híbrido ou à distância, promover e reforçar a Cultura Organizacional é sempre um desafio. “Toda empresa tem sua cultura, mas precisamos falar também de culturas regionais, que devem ser preservadas. Como funciona quando um profissional é do Tocantins e o outro do Rio Grande do Sul?” Pontua Tatiana da Frísia.
“Algumas sugestões para fortalecer a Cultura Organizacional a distância é criar ferramentas e plataformas para viver aquela cultura todos os dias. Programas de premiação que estejam atrelados aos valores da empresa, programas de treinamento através de gamificação. Viver os valores da empresa no dia a dia é um exemplo que influencia toda a equipe.” finaliza Rafael.
Inteligência artificial nos processos
Outra tendência em alta tem a ver com a tecnologia nas empresas. Uma das mais bem sucedidas é a admissão digital, que extingue o uso excessivo de papéis e documentos, bem como simplifica os processos operacionais. Com isso, as equipes têm mais tempo disponível para se dedicar a atividades estratégicas de alta impacto.
A inteligência artificial pode ser trabalhada de inúmeras maneiras, tanto na admissão, quanto em treinamentos, plataformas de sucessão, gestão de ponto e assinatura digital, todas essas propostas pretendem transformar o RH e deixá-lo mais ágil e produtivo. Rafael alerta ainda sobre promover uma transição adequada para implementar tecnologia sem perder a humanização. Palestras, reuniões e treinamentos são um ótimo investimento a longo prazo.
Assinatura digital
A assinatura digital é uma técnica que utiliza criptografia para conferir segurança e integridade a documentos eletrônicos. Afinal, com a informatização de processos, a validação de arquivos digitais se tornou necessária e trouxe mais velocidade e organização quando comparada ao processo de assinatura em papel.
Atualmente, os documentos digitais assinados passaram a ter validade jurídica nacional, tornando possível essa substituição como afirma o Juiz Federal do trabalho Marlos Melek. No modelo de trabalho híbrido e a distância ele se torna essencial, visto que agiliza processos ao tornar válido a assinatura de documentos importantes. Rafael aponta algumas questões que devem ser levantadas: “Quais documentos podem ser assinados com um simples ‘check’? Quais documentos precisam do documento formal e quais podem ser substituídos pelos digitais, como um PDF?”. É importante ter cautela e estar atento também às diretrizes da LGPD, contar com um parceiro como o Epays traz segurança e tranquilidade para o RH.
Ponto digital
Seja o livro-ponto, que precisa ser assinado todo dia, ou o ponto tradicional, que gera um cartão, não importa: a gestão do ponto pode ser substituída por soluções que facilitam a rotina do departamento pessoal. “O ponto eletrônico é um exemplo claro do quanto alguns processos podem ser descentralizados. Porque com o preenchimento do próprio funcionário e a validação do gestor, todas as informações necessárias já vem prontas na folha de pagamento.” comentou Tatiana. Se antes era necessário a contratação de profissionais apenas para cuidar da marcação de ponto, essa facilidade permite uma focalização de recursos e energias em outras atividades.
O Pontofopag pode processar as batidas em tempo real e comunicar-se facilmente com qualquer relógio ponto homologado. Entre as vantagens de usar esta solução, destaca-se a gestão da produtividade e assiduidade dos empregados, com controle de faltas, afastamentos, férias, batidas irregulares e outras informações.
Terceirização de Processos de RH
Muitos ainda possuem receio da terceirização de processos (BPO), porém, além de auxiliar a produtividade diária da equipe, é possível manter a humanização e a personalização no setor. Uma sugestão de Rafael é que o gestor analise quais atividades podem ser melhoradas com o BPO e redirecione a atuação da equipe interna para projetos estratégicos.
Também é interessante pensar nos passos necessários para a sua implementação. A equipe precisará de treinamento? O parceiro contratado promoverá o suporte necessário? “Invista tempo no planejamento, para ter certeza de que terá um nível adequado de suporte, tanto à empresa como ao RH e também ao usuário final.” Sugere Rafael.
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